domingo, 6 de fevereiro de 2011

Alma


Dizem que as almas são brancas
E que dependendo da luz,
Elas podem mudar de cor.
Pode-se ver o azul do céu refletido na íris
Mas por dentro, o que há?

Minha alma deve ser cinza
Impregnada como fumaça de cigarro
Densa e escura, um quase negro
Mas ela é cinza, e eu temo
Tremo por debaixo da carne.

Não posso ver a cor da sua alma
Mas posso ver o sangue que transpassa
Rubro e branco, é o que faz
E a dança de dentro pra fora que imita o pulso
Isso sim é visível e é mortal.

Imortal como a alma de qualquer cor
Inclusive para a minha acinzentada
O que muda é o caminho
Por isso deve haver um lugar no paraíso para você
Uma cadeira ao lado de Deus, já eu
posso me contentar com o cinzeiro do bar celestial

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